Nove em cada dez empresas do setor financeiro já utilizam inteligência artificial para gestão de risco e cibersegurança

11 of DEZEMBRO of 2024

 

  • De acordo com os dados do Relatório Ascendant da Minsait, 59% das empresas do setor já está a utilizar a Inteligência Artificial (IA) para casos de uso específicos
  • Estes casos de uso concentram-se especialmente nas áreas de cibersegurança, processamento de transações, gestão de risco e compliance e ainda serviços de consultoria

Lisboa, 11 de dezembro de 2024. – A adoção da Inteligência Artificial (IA) pelas instituições financeiras está a marcar o início de uma era de inovação e transformação, sem precedentes nas organizações. Atualmente, nove em cada dez empresas do setor em causa estão ou vão concentrar os seus esforços na melhoria da gestão de risco e cibersegurança, principalmente através de soluções de software de terceiros. As empresas do setor financeiro e segurador estão também a direcionar os seus desenvolvimentos para casos de uso específicos destes setores e, em 53% dos casos, para melhorar a experiência do cliente ou do utilizador interno. Estas são conclusões da análise setorial do relatório Ascendant da Minsait (Indra Group) e que, sob o título AI: raio-x de uma revolução em curso, analisa o grau de adoção desta tecnologia nas empresas privadas e nas instituições públicas.

O relatório destaca ainda as operações específicas onde as empresas estão ou vão concentrar os seus esforços na utilização da inteligência artificial, destacando-se o reforço das áreas dedicadas à cibersegurança, através de ferramentas ou soluções de terceiros, e a melhoria do processo de operações internas, através da otimização das transações e do backoffice.

Da mesma forma, o estudo Ascendant indica que quase metade das entidades participantes já teem capacidade para captar dados em tempo real, sendo que 27% obtêm tanto dados não estruturados (imagens, vídeos e texto livre...) como dados estruturados. Em 55% dos casos, os dados são habitualmente captados de forma tardia ou sem supervisão do utilizador (o chamado modelo batch, com 17%). Apesar disso, nove em cada dez empresas já utiliza inteligência artificial para analisar a informação e retirar conclusões, identificando determinados padrões. Na grande maioria das empresas analisadas no estudo, observa-se também um elevado grau de intervenção humana na aplicação interna de modelos de IA.
O relatório considera também as motivações das empresas do setor financeiro para a adoção da inteligência artificial, entre as quais destacam-se a eficiência e otimização dos processos internos, sendo um dos aspetos mais importantes para oito em cada dez organizações. Outra motivação passa pela melhoria do processo de tomada de decisão baseado em dados. Nesta sentido, mais de metade das empresas já estão a iniciar o seu processo de adoção da inteligência artificial, tendo claro um plano de negócios em torno desta digitalização e com o foco na medição do retorno do investimento realizado.

Relativamente às barreiras ou fatores que atrasam a aplicação da inteligência artificial, o estudo refere a falta de capacidade e de recursos internos, a falta de conhecimentos tecnológicos, a falta de capacidade dos recursos disponíveis para TI e a ausência de um modelo robusto de governance dos dados, assim como a qualidade dos dados e a aversão à mudança, bem como a dificuldade de adaptação às mudanças que estes processos implicam.

A Inteligência Artificial como recurso-chave para o setor 

O setor da Banca e Seguros vive um momento de intensa atividade, influenciado por diversos fatores económicos, políticos e sociais. Este panorama implica uma necessidade urgente de implementar transformações profundas nos processos de negócio, para impulsionar a competitividade e responder, entre outras questões, às expetativas dos consumidores e à necessidade de tornar os processos mais eficientes. O aumento da inflação e as alterações nos padrões de consumo são motivos importantes para que as instituições financeiras e as companhias de seguros acelerem os seus esforços de inovação, para alcançarem um impacto eficaz.

Neste contexto e conforme refere Miguel Simões, Diretor de Serviços Financeiros da Minsait em Portugal, a inteligência artificial “destaca-se como um recurso crucial para modernizar os modelos de negócio, proporcionando eficiência e personalização de forma extremamente rápida. Esta transformação vai muito além do setor financeiro, abrangendo todas as áreas de atividade e acelerando a nossa maneira de viver.” E acrescenta “a inteligência artificial tem um impacto considerável na otimização e melhoria da experiência do cliente, visando aumentar a fidelização. O foco está em redesenhar processos, além de desenvolver novos modelos de negócio que facilitem o acesso a segmentos emergentes.”
O Relatório Ascendant da Minsait aborda, na sua quinta edição em 2024, o contexto e o grau de adoção da inteligência artificial pelas empresas e administrações públicas. Para tal, foi analisada a informação facultada por mais de 900 organizações de vários países, incluindo Portugal, de 15 setores de atividade diferentes.

Sobre a Minsait
A Minsait (www.minsait.com) é uma empresa do Grupo Indra líder em transformação digital e tecnologias da informação. Tem um elevado grau de especialização, uma vasta experiência em negócio digital avançado, conhecimento do setor e um talento multidisciplinar composto por milhares de profissionais em todo o mundo. A Minsait está na vanguarda da nova digitalização com capacidades avançadas em Inteligência Artificial, nuvem, cibersegurança e outras tecnologias transformadoras. Deste modo impulsiona o negócio e gera um grande impacto na sociedade, graças a uma oferta digital de serviços de elevado valor acrescentado, soluções digitais personalizadas para todas as áreas de atividade e acordos com os parceiros mais importantes do mercado.

Sobre a Indra Group 
A Indra Group (www.indracompany.com) é uma holding que promove o progresso tecnológico, que inclui a Indra, empresa global em defesa, tráfego aéreo e espaço; e a Minsait, líder em transformação digital e tecnologias da informação em Espanha e na América Latina. A Indra Group impulsiona um futuro mais seguro, protegido e conectado através de soluções inovadoras, relações de confiança e o melhor talento. A sustentabilidade faz parte da sua estratégia e cultura, com o objetivo de responder aos desafios sociais e ambientais presentes e futuros. No final de 2023, a Indra Group tinha um volume de negócios de 4.343 milhões de euros, mais de 57.000 empregados, presença local em 46 países e operações comerciais em mais de 140 países.

Em Portugal desde 1997, a Indra, com escritórios em Lisboa, Porto e Amarante, conta com uma sólida equipa de profissionais com elevada especialização para o desenvolvimento e implementação das suas soluções e serviços. A empresa integra alguns dos projetos mais inovadores que são chave para o desenvolvimento económico e tecnológico do país nos sectores de Defesa, Aeroespaço e Mobility e através da sua filial Minsait, nas Tecnologias de Informação.