Transferências imediatas e cartões de débito são os meios de pagamento mais usados pelos portugueses
- Transferências imediatas lideram a preferência dos portugueses para pagamentos online (44,7%) e para as compras presenciais o cartão de débito (42,4%) é o método de pagamento mais usado
- 53,4% dos portugueses apenas tem uma conta bancária e 29,5% tem mais de uma conta
- Portugal é o terceiro país onde o pagamento por contactless é mais elevado (59%), atrás do Reino Unido (69%) e Espanha (72%)
- Relatório da Minsait Payments identifica algumas tendências que serão fundamentais para o setor em 2024, como o necessário imediatismo das transferências quotidianas, a universalização dos meios de pagamento, a abertura de dados e fronteiras, a eficiência e o aumento da segurança nas transações
Lisboa, 04 de março de 2024 – As transferências imediatas e os cartões de débito foram os meios de pagamento preferidos e mais utilizados pelos portugueses em 2023. Esta é uma das principais conclusões do XIII Relatório de Tendências de Meios de Pagamento divulgado hoje pela Minsait Payments, uma empresa da Indra, que identifica ainda as principais tendências que serão fundamentais para o setor em 2024.
O relatório revela como a utilização de pagamentos eletrónicos está a generalizar-se na América Latina e a acelerar na Europa, onde cerca de um terço dos europeus afirma ter-se tornado digital nos últimos três anos, na sequência da pandemia da Covid-19 e coincidindo com a ascensão de outros métodos de pagamento alternativos.
Neste sentido, em Portugal as transferências imediatas lideraram a preferência dos portugueses para os pagamentos online (44,7%), enquanto para compras presenciais o cartão de débito surgiu como o método de pagamento mais utilizado (42,4%). Entre particulares, as transferências imediatas continuam a liderar as preferências dos portugueses (38%), em detrimento do dinheiro vivo (30%), sendo que uma das razões que poderá explicar esta situação é o sucesso do MB Way, uma solução de pagamentos móveis para pagamentos presenciais e entre particulares.
Em Portugal, a percentagem de população adulta bancarizada é de 92,6% e a percentagem de população adulta internauta é de 84,5%, valores superiores ao verificado no ano anterior de 92,3% e de 82,3%, respetivamente. A utilização de dinheiro vivo está a perder força e, entre os meios de pagamento mais utilizados, o cartão bancário volta a destacar-se e continua no topo da lista de meios de pagamentos: 94,1% dos portugueses tinha cartão de débito, 56,4% tinha cartão de crédito e 32,3% tinha cartões pré-pagos. Em média, isto significa que cada português tinha 1,8 cartão de débito, 1 cartão de crédito e 0,5 cartão pré-pago.
De acordo com o estudo, 53,4% dos portugueses apenas tem uma conta bancária, enquanto 29,5% tem mais de uma conta, sendo que 17,1% refere ter mais de uma conta bancária e se ter confrontado com um problema no processo.
Num setor cada vez mais preocupado com questões de segurança, os pagamentos sem contacto (contactless) com cartões físicos são mais comuns na Europa do que na América Latina. Nesta avaliação, Portugal surge como o terceiro país onde o pagamento por contactless é mais elevado (59%), apenas superado pelo Reino Unido (69%) e pela Espanha que lidera este índice, com 72% da população a optar por esta opção digital para os seus pagamentos.
O relatório reforça ainda o banco como principal prestador de serviços financeiros, mas o status quo está a mudar em alguns países da América Latina, com os neobancos a aumentarem a sua presença e a disputarem a hegemonia bancária em países onde já eram muito relevantes, como a Colômbia e o Brasil. Na Europa, Portugal apresenta um comportamento diferenciado em relação aos seus pares, e quase um terço da população opera atualmente com um neobanco.
Já a hegemonia do banco como fornecedor de cartões é pouco ameaçada nos cartões de crédito ou de débito, mas é enfraquecida nos cartões pré-pagos. Deste modo, os bancos continuam a ser o fornecedor exclusivo de meios de pagamento (cartões) para mais de dois terços da população europeia, exceto em Portugal, onde os neobancos têm vindo a assumir posições nesta vertical de serviços.
Tendências para 2024
O relatório identifica as necessidades para o progresso e crescimento do setor dos pagamentos nos próximos anos. O imediatismo das transferências digitais mais comuns é uma premissa incontornável para o setor e um objetivo de política pública em praticamente todos os países analisados, lançando as bases para a inclusão financeira e a necessária eficiência nas operações.
A segurança, a facilidade de utilização, a gratuitidade e a rapidez, são os principais fatores que determinam a escolha de um meio de pagamento, segundo a Minsait Payments, e o aumento dos riscos e vulnerabilidades é o maior desafio que o setor enfrenta nos próximos cinco anos. O estudo alerta para a necessidade do aumento de fatores como a segurança e salienta a janela de oportunidade para os serviços na cloud e da aplicação da Inteligência Artificial na prevenção da fraude.
O contexto dos pagamentos digitais e a sua perspetiva social e ambiental é uma das tendências analisadas em profundidade no XIII Relatório de Tendências dos Meios de Pagamento da Minsait Payments, que a empresa de tecnologia de pagamentos apresenta todos os anos e que constitui um ponto de referência para o setor dos pagamentos. Elaborado em colaboração com a Analistas Financieros Internacionales (AFI), o relatório reúne as opiniões de mais de 4.800 internautas bancários de Espanha, Itália, Portugal, Reino Unido e América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru e República Dominicana).
Sobre a Minsait Payments
A Minsait Payments (https://www.minsaitpayments.com) oferece serviços de processamento para emissores e adquirentes e soluções inovadoras de pagamento digital. A empresa aposta num modelo de processamento transversal destinado a empresas de cariz tecnológico, incluindo as principais fintechs, bancos, retalhistas e grandes empresas tecnológicas. A Minsait Payments tem mais de 25 anos de experiência e uma equipa de mais de 1500 profissionais especializados em pagamentos. Atualmente, oferece serviços a mais de 100 clientes em 20 países da América Latina e Europa.
Sobre a Indra
A Indra (www.indracompany.com) é uma das principais empresas globais de tecnologia e consultoria, líder mundial em engenharia tecnológica para os mercados aeroespacial, defesa e mobilidade, e em transformação digital e tecnologias da informação em Espanha e na América Latina através da sua filial Minsait. O seu modelo de negócio baseia-se numa oferta abrangente de produtos próprios, com uma abordagem end-to-end de alto valor e uma elevada componente de inovação, tornando-a no parceiro tecnológico para a digitalização e para as operações-chave dos seus clientes em todo o mundo. A sustentabilidade faz parte da sua estratégia e cultura, de forma a responder aos desafios sociais e ambientais presentes e futuros. No final de 2022, a Indra tinha um volume de negócios de 3.851 milhões de euros, cerca de 57.000 colaboradores, presença local em 46 países e operações comerciais em mais de 140 países.
Em Portugal desde 1997, a Indra, com escritórios em Lisboa, Porto e Amarante, conta com uma sólida equipa de profissionais com elevada especialização para o desenvolvimento e implementação das suas soluções e serviços. A empresa integra alguns dos projetos mais inovadores que são chave para o desenvolvimento económico e tecnológico do país nos sectores de Transporte & Defesa, e nas Tecnologias de Informação (TI) através da sua filial Minsait.