67% das empresas de energia vai aumentar o orçamento dedicado à ia nos próximos dois ANOS

12 of JULHO of 2024
  • 39% das empresas dedicadas à energia e serviços públicos já dedicam recursos suficientes à integração da inteligência artificial (IA) 
  • Em relação à aplicação da IA, o setor da Energia está a apostar nas áreas da sustentabilidade, na análise do impacto ambiental ou na melhoria dos processos de tomada de decisão
  • O Relatório Ascendant da Minsait também aponta que em 71% das organizações, a eficiência e otimização dos processos internos é um dos aspetos mais importantes para o uso da IA

Lisboa, 12 de julho de 2024 – As empresas de energia e serviços públicos estão a aplicar, já há vários anos, soluções de Inteligência Artificial (IA), e 67% estima que vai aumentar consideravelmente o seu orçamento para a IA nos próximos dois anos. É o que revela o relatório Ascendant da Minsait (Indra), que, sob o título AI: raio-x de uma revolução em curso, analisa o grau de adoção da inteligência artificial em empresas privadas e instituições públicas em 15 setores de atividade diferentes. 

O estudo mostrou um alto grau de maturidade na implementação da IA no setor. Nos últimos anos, tem-se observado como as empresas de energia estão a integrar a IA nas suas diferentes áreas de negócio, tendência que continua a expandir-se na cadeia de valor de forma responsável e tendo em conta critérios de custo-benefício e responsabilidade social. Agora, a maioria tem planos integrados e trabalha para a sua aplicação em larga escala nos próximos dois anos.

Esta utilização extensiva reflete-se em múltiplos casos de utilização que as organizações já estão a aplicar, como a otimização do planeamento e construção de redes de distribuição, a localização eficiente de ativos ou instalações críticas, a antecipação de falhas ou ligações anómalas e a melhoria dos processos de tomada de decisão. Além disso, 44% das empresas do setor afirma estar a concentrar os seus esforços na área de ESG, na análise e previsão de impacto ambiental. 

Destaca-se também a utilização de inteligência artificial para identificar, explorar, extrair e transportar recursos energéticos (30%), especialmente a otimização de rotas e a manutenção preditiva de infraestruturas. Em relação às áreas de distribuição, 22% das empresas utiliza IA para detetar fugas e fraudes na rede. 

Além disso, importa ainda destacar que em 71% das empresas, a principal motivação para começar a usar IA ou fazê-lo de forma intensiva é melhorar a eficiência e otimizar os processos internos. No entanto, apesar da variedade e da grande quantidade de dados que as empresas de energia conseguem captar, especialmente em tempo real, estas empresas necessitam de reforçar a sua capacidade de análise para extrair o máximo valor.

O relatório também confirma que a IA está a impactar as empresas de energia através da utilização massiva de agentes generativos de atendimento ao cliente, da personalização de tarifas e serviços com base na análise de padrões de consumo, da otimização do uso de energia através de sistemas de gestão residencial inteligente e da promoção de soluções eficientes e sustentáveis de utilização de energia, através de recomendações personalizadas e análises preditivas.

“O estudo Ascendant, que contou também com a participação de empresas portuguesas, mostra como a utilização setorial da inteligência artificial ainda é muito desigual. No entanto, a nível global, são os setores da Banca, Energia, Seguros e as Telecomunicações, que se destacam ao já estarem a permitir medidas que originam esta mudança de foco para a IA, incorporando produtos e serviços baseados nesta tecnologia e na sua proposta de valor.”, comenta João Januário, Diretor do Mercado de Energia da Minsait em Portugal.

Passos para um futuro mais seguro, sustentável e económico 

O mundo da energia está a atravessar uma transformação impulsionada pela necessidade de abordar preocupações ambientais, económicas e tecnológicas. Avançar em desafios como a transição para fontes de energia mais limpas, a otimização das infraestruturas ou a gestão da procura será vital nos próximos anos. João Januário comenta ainda que “a IA tem a capacidade para impactar positivamente o setor energético e já começamos a assistir à implementação de soluções disruptivas nesta área. É, sem qualquer questão, uma ferramenta crucial para enfrentarmos os desafios que temos pela frente”. 

Nesta linha, o relatório aponta ainda que 22% das empresas já conta com grupos de trabalho dedicados a explorar as oportunidades oferecidas pela IA e revela que, em 29% das empresas, as primeiras linhas de gestão estão clara e firmemente comprometidas com esta ferramenta. Contudo, a falta de perfis especializados no setor é um dos principais obstáculos para 42% das organizações. 

O relatório Ascendant Digital Maturity 2024 da Minsait aborda, na sua quinta edição, o contexto e o grau de adoção da inteligência artificial pelas empresas e administrações públicas. Para tal, foi analisada a informação fornecida por mais de 900 organizações em Portugal e em outros países, de 15 setores de atividade diferentes.

Sobre a Minsait

A Minsait (www.minsait.com) é uma empresa do Indra Group líder em transformação digital e tecnologias da informação. Tem um elevado grau de especialização, uma vasta experiência em negócio digital avançado, conhecimento do setor e um talento multidisciplinar composto por milhares de profissionais em todo o mundo. A Minsait está na vanguarda da nova digitalização com capacidades avançadas em Inteligência Artificial, nuvem, cibersegurança e outras tecnologias transformadoras. Deste modo impulsiona o negócio e gera um grande impacto na sociedade, graças a uma oferta digital de serviços de elevado valor acrescentado, soluções digitais personalizadas para todas as áreas de atividade e acordos com os parceiros mais importantes do mercado. No final de 2023, as receitas da Minsait atingiram 2 767 milhões de euros.

Sobre a Indra

A Indra (www.indracompany.com) é uma das principais empresas globais de Defesa, Aeroespacial e Tecnologia, assim como líder em transformação digital e tecnologias da informação em Espanha e na América Latina, através da sua filial Minsait. O seu modelo de negócio baseia-se numa oferta abrangente de produtos próprios de elevado valor e com uma elevada componente de inovação, convertendo-a no parceiro tecnológico para a digitalização e operações-chave dos seus clientes em todo o mundo. A sustentabilidade faz parte da sua estratégia e cultura, de forma a responder aos desafios sociais e ambientais presentes e futuros. No final de 2023, a Indra tinha um volume de negócios de 4.343 milhões de euros, mais de 57.000 empregados, presença local em 46 países e operações comerciais em mais de 140 países.

Em Portugal desde 1997, a Indra, com escritórios em Lisboa, Porto e Amarante, conta com uma sólida equipa de profissionais com elevada especialização para o desenvolvimento e implementação das suas soluções e serviços. A empresa integra alguns dos projetos mais inovadores que são chave para o desenvolvimento económico e tecnológico do país nos setores de Defesa, Aeroespaço e Mobility e, através da sua filial Minsait, nas Tecnologias de Informação.

Contactos de Comunicação

Corpcom - Cátia Gil
catia.gil@corpcom.pt

Corpcom - Rodrigo Almeida Fernandes
rodrigo.fernandes@corpcom.pt