Uma em cada quatro pessoas aponta a privacidade como principal obstáculo ao uso de moedas digitais

27 of MAIO of 2024
  • As moedas digitais emitidas pelos Bancos Centrais (CBDC) estão a avançar entre a população, apesar de uma grande parte dos utilizadores mostrar os seus receios sobre o controlo da privacidade. Esta é uma das principais limitações à generalização da sua utilização
  • 23% das respostas recolhidas no relatório CBDC ou Dinheiro Digital considera os Bancos Centrais como verdadeiros facilitadores de casos de uso inovadores na economia digital, bem como um veículo para ganhar mais eficiência no sistema de pagamentos, aumentar a inclusão financeira e fortalecer a economia e posição monetária dos territórios
  • O relatório Minsait Payments identifica as motivações para uma nova forma de dinheiro - o dinheiro digital, as implicações previsíveis da sua adoção e, neste caso, para quando e para quê
  • 19% dos especialistas consultados pela Minsait Payments também prevê que o pagamento com moedas digitais seja utilizado de forma experimental, mas em nenhum caso de forma massiva e generalizada

 

Lisboa, 27 de maio de 2024 - Embora a adoção de moedas digitais emitidas pelos Bancos Centrais (CBDC) esteja a avançar, a sua penetração nos mercados apresenta preocupação por parte dos cidadãos e agentes da indústria devido à dificuldade em antecipar as suas implicações para o sistema de pagamentos global. Estas preocupações estão relacionadas com a sensação que os cidadãos têm de perder o controlo sobre o seu dinheiro ou pelo menos da forma como o faziam até agora, entre outros aspetos.

De acordo com o relatório CBDC ou Dinheiro Digital da Minsait Payments, além das preocupações com a privacidade e o controlo público, a falta de literacia financeira e digital dos utilizadores também é um impedimento para a futura padronização dos Bancos Centrais, que ocupa o segundo lugar como uma das limitações à ascensão das moedas digitais (21%). Seguem-se os desafios tecnológicos e de infraestruturas (19%), o risco de irrelevância da solução (14%) e a eventual resistência à mudança por parte das entidades financeiras tradicionais (10%).

Apesar dos obstáculos, há harmonia entre os Bancos Centrais para verificação da relevância, rentabilidade, viabilidade e implicações de ter uma CBDC, sendo as motivações diferentes dependendo do país ou região. Conforme consta no relatório setorial da Minsait Payments, as economias mais avançadas procuram melhorar a eficiência dos pagamentos com a digitalização da moeda e confiam na sua capacidade de ser mais uma ferramenta de inovação e desenvolvimento. As economias mais emergentes, no entanto, depositam nelas a sua confiança como instrumento de inclusão financeira.

Formas complementares de pagamento

Um terço dos participantes da indústria de pagamentos acredita que as CBDC’s terão um papel complementar às moedas físicas no futuro imediato, mas não serão um substituto. Na mesma linha, 26% considera que a sua utilização será limitada a determinadas regiões ou países.

E 19% dos especialistas consultados pela Minsait Payments também prevê que será utilizada de forma experimental, mas em nenhum caso de forma massiva e generalizada, talvez por um certo desconhecimento das suas capacidades. Porém, ainda existe relutância entre os utilizadores e apenas 10% afirma atualmente que as moedas digitais serão essenciais nos próximos dez anos.

Outro aspeto que o relatório do setor analisa é por onde vão transitar as CBDCs. 43% dos agentes do setor acredita que passarão pelos atuais canais de pagamento, embora 38% estime que serão os utilizadores a escolher em cada momento quais os canais a utilizar, de acordo com cada caso e momento.

O relatório CBDC ou Dinheiro Digital da Minsait Payments faz parte do estudo que a empresa apresenta todos os anos sobre as Tendências em Meios de Pagamento, e que é elaborado em colaboração com Analistas Financeiros Internacionais (AFI). Este documento reúne as opiniões de mais de 4.800 utilizadores bancários de internet em Espanha, Itália, Portugal, Reino Unido e América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru e República Dominicana).

Aceda aqui ao relatório: https://www.minsaitpayments.com/recursos/informe-cbdc-o-efectivo-digital

Sobre a Minsait Payments

A Minsait Payments (www.minsaitpayments.com) oferece serviços de processamento para emissores e adquirentes e soluções inovadoras de pagamento digital. A empresa aposta num modelo de processamento transversal destinado a empresas de cariz tecnológico, incluindo as principais fintechs, bancos, retalhistas e grandes empresas tecnológicas. A Minsait Payments tem mais de 25 anos de experiência e uma equipa de mais de 1500 profissionais especializados em pagamentos. Atualmente, oferece serviços a mais de 100 clientes em 20 países da América Latina e Europa.

Sobre a Indra

A Indra (www.indracompany.com) é uma das principais empresas globais de Defesa, Aeroespacial e Tecnologia, assim como líder em transformação digital e tecnologias da informação em Espanha e na américa latina através da sua filial Minsait. o seu modelo de negócio baseia-se numa oferta abrangente de produtos próprios de elevado valor e com uma elevada componente de inovação, convertendo-a no parceiro tecnológico para a digitalização e operações-chave dos seus clientes em todo o mundo. A sustentabilidade faz parte da sua estratégia e cultura, de forma a responder aos desafios sociais e ambientais presentes e futuros. No final de 2023, a Indra tinha um volume de negócios de 4.343 milhões de euros, mais de 57.000 empregados, presença local em 46 países e operações comerciais em mais de 140 países.

Em Portugal desde 1997, a Indra, com escritórios em Lisboa, Porto e Amarante, conta com uma sólida equipa de profissionais com elevada especialização para o desenvolvimento e implementação das suas soluções e serviços. A empresa integra alguns dos projetos mais inovadores que são chave para o desenvolvimento económico e tecnológico do país nos sectores de Defesa, Aeroespaço e Mobility e, através da sua filial Minsait, nas Tecnologias de Informação.