Hoje em dia, o modelo de negócio de muitas empresas depende, em maior ou menor grau, de um algoritmo. É por isso que é tão importante ter a certeza de que o algoritmo toma decisões otimizadas que têm um impacto real sobre o negócio.
De modo a conseguir uma visão holística da Intelligence Governance, é necessário acrescentar a lente financeira à gestão técnica da inteligência. A razão é simples: uma empresa investe em analítica porque espera um retorno. Por conseguinte, os algoritmos devem ser geridos como um ativo financeiro: envolvem investimento e retorno, o seu valor flutua ao longo do seu ciclo de vida, e têm um custo de manutenção.
Surge assim um novo conceito financeiro: a carteira de modelos algorítmicos. Como em qualquer outra carteira de investimentos, os algoritmos estão associados a riscos, retornos e alocação de recursos. A combinação de KPIs técnicos e financeiros proporcionará a visão holística do contributo do modelo algorítmico, e permitirá à empresa decidir como atribuir recursos financeiros a ativos inteligentes. Os recursos financeiros são limitados, pelo que é vital calcular com precisão o ROI dos algoritmos.
Para que este modelo integrado funcione, o papel do CDO precisa de evoluir. As suas competências devem passar de puramente técnicas para a gestão de uma unidade de custo-benefício. O CDO adquire novas responsabilidades, evoluindo de um gestor de dados para um gestor do algoritmo. O seu papel será fundamental na tomada de decisões de investimento ou desinvestimento para cada um dos modelos algorítmicos incluídos na carteira.
Por último, a medição do Return On Intelligence permitirá a otimização das decisões ao nível da C-Suite (onde investir, onde reforçar, quanto diversificar, etc.). Com toda a informação técnica e financeira em mãos, a empresa poderá finalmente extrair o máximo valor do seu investimento em inteligência.