A digitalização, a chave para a criação de cidades e territórios resilientes e sustentáveis

A experiência dos últimos meses demonstrou a necessidade de acelerar a digitalização para enfrentar desafios muito importantes em Espanha, tais como a modernização do modelo produtivo e social, a evolução para uma sociedade do conhecimento, o fosso digital, o despovoamento das zonas rurais e a luta contra as alterações climáticas.

O extraordinário progresso que as soluções Smart Cities experimentaram, com a incorporação de tecnologias como a Inteligência Artificial ou os Grandes Dados, permitir-nos-á estar muito melhor preparados, a curto e médio prazo, para enfrentar novas crises, sejam elas sanitárias, ambientais, sociais ou mesmo económicas. A transformação digital tornou-se assim um aliado indispensável para superar a actual crise sanitária e económica e criar cidades e territórios mais resilientes, sustentáveis e inclusivos.

É agora urgente aproveitar a oportunidade oferecida pelos fundos de reconstrução e parcerias público-privadas da União Europeia para dar um salto de qualidade e inovação nos serviços digitais, integrando a tecnologia mais inovadora e fornecendo inteligência a sectores-chave da economia, a fim de enfrentar desafios muito importantes.

Estas iniciativas tornarão possível promover um modelo de crescimento inteligente e inclusivo que facilite a melhoria dos serviços públicos através de uma gestão eficiente e integrada, o desenvolvimento de projectos sustentáveis em áreas como as energias renováveis e a economia circular, bem como a protecção da economia e dos grupos mais desfavorecidos.

Tudo isto, sem esquecer o papel do cidadão como eixo e centro deste modelo de transformação, que já está a melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas, que se deslocam e trabalham melhor, interagem de uma forma mais acessível e fácil com a sua administração, vivem num ambiente mais saudável e respeitoso com o planeta e têm mais oportunidades de desenvolvimento económico e social.

Outro ponto importante é a procura de um modelo de crescimento inteligente e inclusivo através de soluções que permitam a melhoria dos serviços e a protecção dos grupos mais desfavorecidos através de motores de oferta e de recomendação de emprego, o acesso ao financiamento ou a ajudas específicas e/ou subsídios.

Tecnologia para o renascimento

Este conceito de transformação inteligente está, além disso, a transcender as cidades e a ser projectado nos territórios como uma alavanca muito importante para o avanço da coesão territorial e social, do desenvolvimento económico e da igualdade, gerando oportunidades em áreas que estão sujeitas a um forte declínio demográfico e económico. Este é o caso das plataformas e soluções para uma agricultura inteligente, turismo sustentável, economia circular, biodiversidade e conservação dos espaços naturais ou mobilidade inteligente.

No entanto, não se trata apenas de implementar tecnologia. A implementação de projectos de cidades e territórios inteligentes requer uma análise prévia aprofundada para identificar claramente as alavancas nas esferas social, económica, administrativa e ambiental, a fim de disponibilizar a tecnologia mais adequada à estratégia da cidade ou território. Além disso, é essencial implementar modelos de projecto que envolvam fornecedores e operadores locais, bem como centros de conhecimento, a fim de impulsionar a economia.

Estamos a falar, por exemplo, de plataformas de colaboração de conteúdos turísticos digitais para impulsionar este sector-chave em muitas economias e que melhoram a competitividade e eficiência dos destinos, e impulsionam a geração de ofertas e notificações personalizadas.

A este respeito, as soluções digitais Minsait estão orientadas para a detecção precoce de riscos, o funcionamento coordenado dos serviços públicos, a gestão dinâmica dos recursos de saúde, a promoção da colaboração público-privada através de ferramentas digitais e a reactivação da economia e do emprego.

O denominador comum a todos eles é a resiliência: capacidades e mecanismos digitais que, juntamente com a mudança cultural e organizacional, permitirão ao tecido social e económico ultrapassar a situação actual e estar mais bem preparado para futuras crises.