
Os seniores e a Divisão Digital
Plataforma de Idosos e Pensionistas
A digitalização inclusiva é INDISPENSÁVEL e FUNDAMENTAL para colmatar a fractura digital, e assegurar a igualdade de direitos e oportunidades.
As características da digitalização são:
- UNIVERSAL: para todas as pessoas. Independentemente da geografia e do nível social, económico e educacional do indivíduo. O primeiro passo consiste em assegurar a infra-estrutura de acesso à Internet.
- PERSON-CENTRED: optimização e personalização da experiência do utilizador. Os mais velhos devem ser actores proactivos e participantes na concepção, tornando-os co-criadores das interfaces, que devem ser simples e de fácil utilização (aplicações, assistentes virtuais, competências do tipo Alexa-, televisões inteligentes...).
- LEGÍVEL: deve ser utilizada uma linguagem clara na administração. Uma formulação simples que torna fácil para as pessoas compreenderem o que está escrito.
- ACESSÍVEL: deve ser utilizável por pessoas com diversidade funcional utilizando, por exemplo, assistentes virtuais para conteúdos de voz e que comuniquem em linguagem natural; autenticação biométrica por voz e autenticação facial...
- ACOMPANHADO: a transição deve ser apoiada e acompanhada para proporcionar a formação e segurança necessárias para que as pessoas possam fazer face à mudança.
Não devemos esquecer que a tecnologia deve ser um apoio, não um substituto para as pessoas, e devemos vê-la como uma oportunidade para comunicar com aqueles que estão longe ou que têm preocupações comuns, para viajar e conhecer lugares que não conseguimos alcançar, para treinar a partir de casa, para receber assistência, para acelerar os procedimentos de benefícios, para promover a autonomia... com respeito pela dignidade de cada pessoa e pelo seu projecto de vida, no qual será o sujeito activo e dono das suas próprias decisões.
A tecnologia deve ser um meio, não um fim, para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, mas há casos em que já não é uma opção, mas a única forma de as pessoas fazerem coisas que não seriam capazes de fazer de outra forma: pensar em tecnologias de assistência, membros robóticos para amputados, exoesqueletos, aplicações de comunicação para pessoas com deficiências auditivas ou visuais... A digitalização tem um grande potencial para quebrar as barreiras da discriminação relacionada com a mobilidade ou competências de comunicação, favorecendo a autonomia das pessoas e a inclusão social e laboral.
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