Como realizar um processo eleitoral em 2020
Valores a serem tidos em conta para poder realizar eleições com garantias
Diante da situação global atual, os desafios que enfrentamos para garantir o funcionamento dos sistemas democráticos são maiores e de maior importância. A proteção da informação e o controlo dos alertas de saúde são os fatores colaterais que marcarão o futuro imediato das celebrações eleitorais. Na Minsait, uma empresa da Indra, o Diretor de Processos Eleitorais explicou a vários meios de comunicação espanhóis as possibilidades que a tecnologia oferece para trazer clareza a estes tempos incertos.
A pandemia de Covid-19 está a ter um impacto significativo nos processos democráticos, o que resultou em mais de 50 eleições adiadas a nível mundial entre fevereiro e maio de 2020, de acordo com dados recolhidos pelo Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral (International IDEA).
A fim de reduzir a incerteza, as autoridades eleitorais em todo o mundo estão à procura de opções para gerir riscos em cenários pós-pandémicos que, além de medidas de proteção e distanciamento, incluam soluções tecnológicas que facilitem e economizem processos essenciais, tanto no dia do voto como nas fases pré e pós-eleitorais.
"Esta transformação digital introduzirá vulnerabilidades que requerem uma abordagem estratégica de segurança para proteger a integridade das eleições, por um lado, e uma estratégia de comunicação que facilite a adoção da mudança por parte dos cidadãos e permita combater a desinformação on-line com mais informação e transparência", explicou o diretor de processos eleitorais da Minsait, Pedro Rodríguez Veiga. Este acrescentou ainda que a contribuição tecnológica "desempenhará um papel cada vez mais importante" na aplicação de medidas relativas aos sistemas de informação, distanciamento e barreiras protetoras para dificultar a transmissão do vírus nos processos envolvidos em cada uma das fases das eleições.
Rodriguez Veiga destacou que "do ponto de vista da informação, estamos a falar de aplicações e websites com informações acessíveis e atualizadas para os cidadãos sobre o processo eleitoral, o uso de sistemas de notificação em massa para informações essenciais e urgentes relacionadas com a gestão do censo ou do voto postal e no estrangeiro, bem como sistemas de monitorização para detetar possíveis notícias falsas que possam comprometer a reputação da organização".
Garantir a distância e evitar o risco de multidões, "especialmente no dia do voto", também requer procedimentos adaptados e tecnologia analítica para controlar a capacidade e a presença faseada dos colaboradores, a formação on-line para os representantes das mesas de voto e sistemas de videostreaming para a participação em comícios e sessões públicas.
O diretor da Minsait também defende o uso de soluções de administração eletrónica para as secções eleitorais "que permitam a verificação dos eleitores que comparecem para votar e a geração automática da ata de constituição", bem como sistemas telemáticos e aplicações on-line para processos de voto "naqueles países cuja legislação o permita". Tudo isso, "sem esquecer todas as medidas de proteção recomendadas pelas autoridades sanitárias para locais públicos, tais como o uso de barreiras de proteção para o pessoal das secções eleitorais e funcionários incumbidos de receber os votos, assim como máscaras e luvas para o público em geral".
Voto da nova geração
A empresa Indra tem mais de 40 anos de experiência no desenvolvimento de mais de 400 projetos eleitorais nacionais e internacionais com mais de 4.000 milhões de eleitores envolvidos. Desta forma, a Minsait está numa posição vantajosa para enfrentar o novo cenário com todas as garantias de transparência e segurança, quer do ponto de vista físico como do ponto de vista informativo.
Onesait Democracia, o conjunto de soluções proprietárias para garantir a qualidade e divulgação dos resultados eleitorais e o controlo do processo, tem produtos desenvolvidos com tecnologia de ponta que favorecem a aplicação de medidas de distanciamento e processamento de informações, reduzindo o risco de contágio de vírus e minimizando os ataques cibernéticos.
No caso do voto on-line, a Minsait garante total transparência do processo sob o controlo da autoridade eleitoral e segurança com o Onesait Democracy Elections Online.
"O nosso sistema implementa uma cadeia de bloqueio privada, que permite à autoridade eleitoral fornecer um nó a qualquer partido interessado em receber as informações em tempo real, tais como observadores, auditores ou outros partidos políticos, e tem medidas de segurança específicas para eleições e medidas genéricas de segurança na Internet", explica Pablo Sarrias Bandrés, Diretor de Tecnologia de Processos Eleitorais da Minsait.
A suite Minsait também inclui a nova geração de voto eletrónico assistido para stands de postos de voto. A solução do Quiosque Eleitoral Onesait Democracia exibe as listas diretamente no ecrã, evitando o contacto com cadernos eleitorais físicos e multidões ao recolher os mesmos. A Minsait também está a analisar a integração de dispositivos sem contacto, para a identificação do eleitor e para o voto.
"Atualmente, oferece a possibilidade de guardar o voto na memória e imprimi-lo para auditoria, ou não guardar o mesmo e imprimi-lo apenas no final, a fim de facilitar a sua leitura para uma recontagem manual assistida", diz Sarrias Bandrés.
A poupança de custos na emissão dos boletins de voto e a logística de distribuição são particularmente relevantes no cenário pós-COVID-19. O Onesait Democracy Elections Online Ballot Delivery é um sistema baseado na web que permite aos eleitores, mediante identificação prévia, emitir um boletim de voto para as eleições em curso e levá-lo impresso de casa para a urna, no caso do voto presencial, ou para os correios com o adesivo e o cartão de eleitor, no caso do voto por via postal.
Rodriguez Veiga recorda-nos que "em países como a Espanha, a Lei Eleitoral exige, para cada eleitor registado, que seja emitido um boletim de voto para cada partido político em funcionamento no seu círculo eleitoral, mesmo que só possam votar num. No caso do voto no estrangeiro, o custo é maior devido ao custo adicional do envio da documentação" e enfatiza "a conveniência para os eleitores que mudam de endereço ou que estão ausentes por motivos de viagens, não os impedindo de exercer o seu direito de voto ou a redução do trabalho envolvido na administração dos cadernos eleitorais nos consulados".
Notícias falsas
Por último, também é importante ter em conta o aumento da conversação social nas redes digitais que desencadeará o apelo à realização de eleições na fase de desconfinamento da COVID-19, em termos de dúvidas sobre o risco de contágio nos locais de voto, convocatórias e comícios, ou as medidas de segurança para facilitar o acesso remoto aos procedimentos de registo e participação.
Para pôr fim à desinformação e promover a transparência, é essencial uma solução específica para monitorizar a conversação social e as notícias falsas, o que gera notificações em tempo real de notícias e menções nas redes sociais relacionadas com as eleições, bem como a deteção de possíveis informações falsas que comprometam a reputação e o prestígio da organização.
A Onesait Democracia Social Escuta e desinformação classifica esta conversa social por temas eleitorais (cadernos eleitorais, boletins de voto, jurados, fraudes, reclamações, ciberataques), avalia o sentimento das expressões predominantes no conteúdo eleitoral e deteta e verifica notícias e menções com alto risco de viralidade e desinformação, recomendando a sua negação ou esclarecimento.
Como nota final, Rodriguez Veiga salienta que a Minsait é um valor seguro para a democracia nestes tempos, pois oferece cobertura com suas soluções e serviços para todas as necessidades do ciclo eleitoral, desde o registo do cidadão à análise dos resultados após as eleições, incluindo todo o serviço de captura e divulgação dos resultados durante o Dia das Eleições.
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